sábado, 21 de novembro de 2009

Run Forrest, run...


Não tem jeito. Não adianta chiar. Quem constrói a imagem do Brasil fora do país som
os nós mesmos. Infelizmente.

Festa Erasmus na Caramelo (uma boate daqui) não são muito a minha praia, mas logo no começo da semana soube que o tema da dessa quarta-feira seria Brasil. Soube também que tinha uns brasileiros organizando e soube ainda que teria coxinha, brigadeiro, bem casado, pão de queijo e outras coisinhas que tava doida pra comer. Não tinha porque não ir, mesmo com imagens bizarras de gringos europeus dançando loucamente na boate rondando minha cabeça. Aliás, tinha todos os motivos pra ir. Afinal, soube que tinham gravado até um cd só com músicas brasileiras.

Mas é que o repertório brasileiro é muito diversificado. Deveria ter me lembrado. De verdade que não queria (nem poderia esperar) que tocasse super sambas, chico buarque ou qualquer coisa inserida na chamada ""mpb de qualidade". Um pagodão, um pancadão alá tati quebra-barraco ou bonde do tigrão tava valendo pra me sentir "em casa". Era o que eu mais queria, depois de dois meses sem festinhas recife´s style, com sambinhas, bandinha recifenses, etc e tal. Tive que me contentar, no entanto, com uns funks cariocas que eu nunca ouvi na vida e que o pessoal dançava bizarramente. Mas tudo bem, teve o hino do Brasil em ritmo de batucada.

Foi bonito, se não tivesse sido seguido por duas mulatas - que nem brasileiras deviam ser - subindo no palco e dançando... samba? Não, era Perla. Porra, mulata semi-brasileiras dançando com shortinho na bunda música de sub-celebridade (como diria meu amigo André) é demais. Piraptxuru, piraptxuru e lá se foi meu orgulho nacional. E parece que foi um dos poucos que se foram.

O pior é que nem dava pra dizer que a vergonha era "alheia". Era, em parte, minha também, né?
Ainda bem que tiveram as coxinhas, os bem-casados e os pães de queijo ....
fica a lição: fugir de festas "brasileiras"

Nenhum comentário: